sábado, 17 de maio de 2014

Paulo Freire - "Se a educação sozinha não pode tranformar a sociedade, tampouco sem ela a sociedade muda."

Paulo Reglus Neves Freire (Recife, 19 de setembro de 1921 — São Paulo, 2 de maio de 1997) foi um educador, pedagogista e filósofo brasileiro. É Patrono da Educação Brasileira.
É considerado um dos pensadores mais notáveis na história da Pedagogia mundial, tendo influenciado o movimento chamado pedagogia crítica.

Em 1943, entrou para a Universidade do Recife para cursar a Faculdade de Direito, mas também se dedicou aos estudos de filosofia da linguagem. Apesar disso, nunca exerceu a profissão, e preferiu trabalhar como professor numa escola de segundo grau lecionando língua portuguesa.
Em 1944, casou com Elza Maia Costa de Oliveira, uma colega de trabalho.
Em 1946, Freire foi indicado ao cargo de diretor do Departamento de Educação e Cultura do Serviço Social no Estado de Pernambuco, onde iniciou o trabalho com analfabetos pobres.

Em 1959, concorreu à cadeira de História e Filosofia da Educação na Escola de Belas Artes da Universidade do Recife com o livro Educação como Prática de Liberdade, que fôra publicado no Brasil muitos anos depois
Em 1961, tornou-se diretor do Departamento de Extensões Culturais da Universidade do Recife. Ensinou 300 adultos a ler e a escrever em 45 dias
Em 1963, desenvolveu um método inovador de alfabetização, adotado primeiramente em Pernambuco. Seu projeto educacional estava vinculado ao nacionalismo desenvolvimentista do governo João Goulart.
Em 1964, meses depois de iniciada a implantação do Plano, o golpe militar extinguiu esse esforço. Freire foi encarcerado como traidor por 70 dias. Em seguida passou por um breve exílio na Bolívia e trabalhou no Chile por cinco anos para o Movimento de Reforma Agrária da Democracia Cristã e para a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação.
Em 1967, durante o exílio chileno, publicou no Brasil seu primeiro livro, Educação como Prática da Liberdade, baseado fundamentalmente na tese Educação e Atualidade Brasileira.
Em 1969, foi convidado para ser professor visitante da Universidade de Harvard.

Em 1974, lançou o livro mais famoso de sua carreira, Pedagogia do Oprimido, quando o general Geisel assumiu a presidência do país e iniciou o processo de abertura política.
Em 1975, foi para Cambridge, Freire mudou-se para Genebra, na Suíça, trabalhando como consultor educacional do Conselho Mundial de Igrejas. Durante esse tempo, atuou como consultor em reforma educacional em colônias portuguesas na África, particularmente na Guiné-Bissau e em Moçambique.

Em 1980, retornou ao Brasil, conquistou o cargo de supervisor para o programa do PT para alfabetização de adultos de 1980 até 1986.
Em 1986, sua esposa Elza morreu. Dois anos depois, em 1988, o educador casou-se com a também pernambucana Ana Maria Araújo, que além de conhecida desde a infância era sua orientanda no programa de mestrado da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, onde foi professor.
Quando o PT venceu as eleições municipais paulistanas de 1988, iniciando-se a gestão de Luiza Erundina (1989-1993), Freire foi nomeado secretário de Educação da cidade de São Paulo. Exerceu esse cargo de 1989 a 1991. Dentre as marcas de sua passagem pela secretaria municipal de Educação está a criação do MOVA - Movimento de Alfabetizaçãoe o EJA - Educação para Jovens e Adultos.

Em 1991, foi fundado em São Paulo o Instituto Paulo Freire, para estender e elaborar as ideias de Freire. O instituto mantém até hoje os arquivos do educador, além de realizar numerosas atividades relacionadas com o legado do pensador e a atuação em temas da educação brasileira e mundial.
Freire morreu de um ataque cardíaco em 2 de maio de 1997, às 6h53, no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, devido a complicações em uma operação de desobstrução de artérias.
O Estado Brasileiro, por meio do Ministério da Justiça, no Fórum Mundial de Educação Profissional de 2009, realizado em Brasília, fez o pedido de perdão post mortem à viúva e à família do educador, assumindo o pagamento de "reparação econômica"
Em 13 de abril de 2012 foi sancionada a lei 12.612 que declara o educador Paulo Freire Patrono da Educação Brasileira.

A sua prática didática fundamentava-se na crença de que o educando assimilaria o objeto de estudo fazendo uso de uma prática dialética com a realidade, em contraposição à por ele denominada educação bancária, tecnicista e alienante: o educando criaria sua própria educação, fazendo ele próprio o caminho, e não seguindo um já previamente construído; libertando-se de chavões alienantes, o educando seguiria e criaria o rumo do seu aprendizado. Destacou-se por seu trabalho na área da educação popular, voltada tanto para a escolarização como para a formação da consciência política. Propôs um método de alfabetização dialético, se diferenciou do "vanguardismo" dos intelectuais de esquerda tradicionais e sempre defendeu o diálogo com as pessoas simples, não só como método, mas como um modo de ser realmente democrático.

REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS:


  • Wikipedia:

http://pt.wikipedia.org/wiki/Paulo_Freire acessado em 11/05/2014 as 10:01


  • O Pensador:

http://pensador.uol.com.br/autor/paulo_freire/ acessado em 11/05/2014 as 10:39


  • Revista Nova Escola:
http://revistaescola.abril.com.br/formacao/mentor-educacao-consciencia-423220.shtml acessado em 11/05/2014 as 10:54


  • O Nordeste:

http://www.onordeste.com/onordeste/enciclopediaNordeste/index.php?titulo=Paulo+Freire&ltr=p&id_perso=265 17/05/2014 as 18:00


Nenhum comentário:

Postar um comentário